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Publicações

O papel social do antropólogo

Aplicação do fazer antropológico e do conhecimento disciplinar nos debates públicos...
Eliane Cantarino O’Dwyer

 

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Dos autos da cova rasa Dos autos da cova rasa

A identificação de corpos não-identificados no Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro, 1942-1960
Letícia Carvalho de Mesquita Ferreira

Dos Autos da Cova Rasa parte da premissa de que os corpos não-identificados encontrados nos domínios do Instituto Médico-Legal do Rio de Janeiro, comumente chamado de “indigentes”, ofereceram-se como espaços discursivos em que foi definida, entre outras, uma verdade específica ao seu respeito: a verdade de sua própria identidade de não-identificados. A indigência pode ser encarada de modo apressado e em sua aparência como a constatação de uma falta, como se houvesse na realidade corpos essencialmente destituídos de identidade. Leticia Ferreira parte, no entanto, do princípio de que a não-identificação implica, ao contrário, um processo criador, de construção e atribuição de identidade. Em uma palavra, constitui-se em um processo de identificação no decurso do qual alguns cadáveres, e só alguns, tornam-se corpos não-identificados. Os cadáveres não-identificados são encarados no livro como corpos assujeitados e geridos por saberes e técnicas que tanto se propõem a administrá-los, quanto fazem por construí-los como tais. Tais saberes e técnicas são no livro objeto de

análise, interrogação e reflexão.

 

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Pescadores do Petróleo Pescadores do petróleo

Políticas ambientais e conflitos territoriais na Bacia de Campos, RJ
Deborah Bronz

Pescadores do petróleo trata das complexas interações entre a pesca e a produção de petróleo nos territórios marítimos hoje conhecidos como Bacia de Campos (RJ). No campo das políticas ambientais e, mais especificamente, durante o cumprimento dos procedimentos de licenciamento ambiental, se confrontam distintas visões a respeito dos ‘impactos’ da indústria petrolífera sobre a pesca. Por meio do exame dos mecanismos e procedimentos administrativos e tecnocráticos estatais, que regulam a

produção de petróleo, e da etnografia de “rituais do licenciamento” – e outras situações sociais vivenciadas por pescadores, empresários, consultores e gestores estatais–, Deborah Bronz analisa o modo como a implementação de políticas ambientais e ‘participativas’ influenciam na organização social e política de um grupo de pescadores do Rio de Janeiro, denominados pela autora de “pescadores do petróleo”.



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A invenção da juventude violenta A invenção da juventude violenta

Análise da elaboração de uma política pública
João Paulo Macedo e Castro

As análises desenvolvidas em A invenção da juventude violenta têm como pano de fundo tentar entender o papel da cooperação técnica internacional para o desenvolvimento nas ações dirigidas à juventude, nos anos 1990. Trata-se de explicitar inicialmente diferentes procedimentos que levam à formulação (invenção no sentido foucaultiano) de um problema – o jovem violento – para, a partir de então, demonstrar os modos de resolução desta questão, com a elaboração de políticas dirigidas a estes segmentos. Nesses termos, este livro se dedicou essencialmente a dois temas. O primeiro: atentar para a força e papel dos organismos internacionais – no caso específico, o papel da Unesco – na conformação e definição das  agendas políticas direcionadas à juventude no final da década de 1990 no Brasil. A segunda questão que João Paulo Macedo e Castro se propôs abordar diz respeito aos efeitos produzidos pelas diferentes alianças instituídas para conceber, planejar e executar uma política governamental.



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POVOS INDÍGENAS: PROJETOS E DESENVOLVIMENTO II

Cássio noronha Inglez de Sousa
Fábio Vaz Ribeiro de Almeida
Antonio Carlos de Souza Lima
Maria Helena Ortolan Matos

Esta publicação tem o objetivo de dar continuidade, ampliar e diversificar as discussões presentes no livro Povos Indígenas: projetos e desenvolvimento (Sousa, Cassio Noronha Inglez de; Souza Lima, Antonio Carlos de, Almeida, Fabio Vaz Ribeiro de e Wentzel, Sondra, orgs. Rio de Janeiro: Contra Capa Livraria, 2007), dando uma continuidade a uma parceria entre o LACED/Museu Nacional-UFRJ, o PDPI – Projetos Demonstrativos dos Povos Indígenas/Ministério do Meio Ambiente e a GTZ - Agência da cooperação técnica alemã. A iniciativa de promover estas discussões e divulgá-las através de publicações teve sua origem no processo de reflexão sobre a experiência prática de participação de antropólogos no PDPI, um programa de apoio a projetos indígenas voltados para o desenvolvimento sustentável na Amazônia brasileira. De uma forma geral os textos do livro, estão relacionados ou dialogam com as complexas relações entre o Estado Nacional e povos indígenas, em especial tendo em vista os direitos que lhes são assegurados e as políticas governamentais concretas sobre eles incidentes ou a eles destinadas. 


O livro é de distribuição gratuita. Os interessados devem escrever para fabio@ispn.org.br manifestando seu interesse em recebê-lo. Será necessário, no entanto, pagar os custos de correio.


FRONTEIRAS ÉTNICAS, FRONTEIRAS DE ESTADO E IMAGINAÇÃO DA NAÇÃO
Um estudo sobre a cooperação internacional norueguesa junto aos povos indígenas
Maria Barroso Hoffmann

"O livro tem como objetivo discutir a gênese e o sentido dos instrumentos político-administrativos e simbólicos que têm permitido a atuação dos modernos Estados-nação para além de suas fronteiras nacionais sob o rótulo de “assistência para o desenvolvimento”, “ajuda para o desenvolvimento” ou outras denominações afins, como “cooperação internacional para o desenvolvimento” ou, simplesmente, “cooperação internacional”. Dentro deste universo, trabalharei com um caso específico: o da “cooperação internacional” junto aos povos indígenas promovida pela Noruega."

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AS ÓRBITAS DO SÍTIO
Subsídios ao Estudo da Política Indigenista no Brasil, 1910–1967
Antonio Carlos de Souza Lima

Faça aqui  o download dessa publicação na íntegra.



>> APRESENTAÇÃO


Três décadas depois de sua constituição, um balanço inicial revela que o acervo de documentos relativos à história do indigenismo brasileiro no século XX depositado no Museu do Índio contribuiu para a elaboração de centenas de artigos, dissertações e teses sobre a cultura indígena e a política indigenista, envolvendo atividades do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), do Conselho Nacional de Proteção aos Índios (CNPI), da Comissão Rondon e da Fundação Brasil Central (FBC).

O antropólogo Antonio Carlos de Souza Lima foi um dos primeiros cientistas sociais a fazer observações sobre a organização desse acervo: constatou então a marginalização de boa parte da documentação administrativa do SPI, o que produziu lacunas até hoje existentes na história dessa instituição. Isso, contudo, não impediu que Souza Lima elaborasse uma obra seminal, em que analisa a intervenção do Estado brasileiro em face dos povos indígenas desde os primórdios da conquista do Brasil. A noção de “poder tutelar”, construída nessa pesquisa para a elaboração de sua tese de doutorado, tem sido profícua, sendo empregada em inúmeros trabalhos sobre as mais diversas realidades
sociais.

Para desenvolver a pesquisa da tese, Souza Lima contou com a colaboração em campo de jovens e talentosos historiadores e cientistas sociais, que coletaram documentos, produzindo uma das maiores sistematizações de informações já vistas em trabalhos antropológicos. Coordenando essa equipe de estagiários do Programa de Estudos de Terras Indígenas (PETI), coube a Souza Lima lapidar o material de campo, transformando-o numa tese inovadora sobre o indigenismo brasileiro, que supera as obras propagandísticas então predominantes nessa área.

Os dados que Souza Lima apresenta aqui constituem, originalmente, a maior parte do segundo volume de sua tese e são uma amostra do potencial do acervo depositado no Museu do Índio: listagens inéditas de diretores, inspetores e outros servidores indigenistas, organogramas históricos das organizações, tabelas de orçamentos, mapas raros, legislações regimentais e sínteses de informações regionais sobre a ação do SPI. Trabalhando há trinta anos com tal acervo, até hoje sou surpreendido por novas revelações que o manuseio de mais de quinhentos mil documentos proporciona. Há ainda muito material inédito a explorar, como a imensa documentação relativa aos estados
do Mato Grosso e do Pará.

A divulgação das fontes primárias utilizadas por Souza Lima valoriza um acervo cujo desvendamento pode colaborar para o amadurecimento de propostas políticas relativas ao futuro dos povos indígenas do Brasil. Cabe a novos pesquisadores colocar mãos à obra, agradecendo a generosidade do antropólogo que aqui divulga suas fontes de pesquisa.

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2009
Carlos Augusto da Rocha Freire
Doutor em Antropologia Social pelo Museu Nacional/UFRJ
Pesquisador do Museu do Índio.

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